15 agosto, 2007

Todos diferentes todos iguais: fotografar a diferença

O Instituto Português da Juventude (IPJ) tem patente, desde o passado dia 12, no Porto uma exposição de fotografia intitulada "Todos diferentes, todos iguais".

Lourenço Cabrita, estudante de engenharia, é o autor das fotos. O seu principal objectivo é incentivar as pessoas a lidar com o preconceito, lutar contra a indiferença e formar para a igualdade. Na sua opinião "as pessoas têm medo do que é diferente e desconhecido".

O estudante começou por abordar as pessoas mostrando-lhes dois sinais. O primeiro o de diferente e o segundo o de igual. Enquanto que como primeiro Lourenço pretendia representar a variedade e a diferença, no seguinte procurou conhecer o que para aquelas pessoas era indispensável para viver bem em comunidade.

Desta forma, foi pedido que à frente do primeiro símbolo os participantes escrevessem algo que ambicionavam para elas próprias no segundo pediu-se-lhes que mencionassem, o que no seu entender, era mais importante na relação entre seres humanos.

No blog oficial da iniciativa, disponivel em: http://tdti.wordpress.com/ o autor revela que por vezes foi difícil expressar qual o objectivo da mesma "Perguntei-me algumas vezes se estava maluco", "tinha noção de que estava a ser indiscreto, incomodativo e preocupava-me o facto de talvez estar a agir como um louco completo. A questão era saber se o abuso e a indiscrição iam valer alguma coisa", partilhou. "Qual era e qual é o valor desta ideia e destas imagens? O que dizem elas agora depois de serem pressentimento, depois possível loucura e finalmente serem uma realidade todas juntas? Eu não conseguia avaliar. E ainda tenho alguma dificuldade", confessou. Contudo, afirma que uma ideia só se torna viva quando é discutida "duvido sempre de uma ideia produzida na minha cabeça. Preciso dos outros para a discutir e avaliar, e dessa batalha decidir agarrá-la ou repeli-la", e eis o resultado...

Nas fotos podemos ver pessoas de diferentes culturas, religiões, países, diferentes orientações sexuais, raças e crenças. Homens, mulheres, Judeus, Cristãos, ciganos, brancos, pretos...um é reformado, outro recepcionista, um terceiro comerciante, um outro estudante . O recepcionista quer ser actor e considera a amizade o principal sentimento nas relações humanas. Outros aspiram por solidariedade, lealdade, tolerância, sáude e amor. Para eles e para nós sociedade Lourenço deixa no ar as perguntas: "Qual deles estava errado?qual estava certo?qual deles está a mais?".

Mais informações em: http://tdti.wordpress.com/

Visitas:
Delegação IPJ Porto
Rua Rodrigues Lobo, 98
4150-638 Porto
Tel: 226 085 700
Fax: 226 08 57 98 e o 226 08 57 99
E-mail: ipj.porto@ipj.pt


Texto e fotos: Daniela Costa

E se com as suas mãos pudesse carregar a bateria do seu telemóvel?

Cientistas alemães estão a desenvolver uma tecnologia que permitirá transformar a temperatura corporal em energia utilizada para recarregar a bateria dos telemóveis com o calor das mãos, avançou o diário digital www.estadao.com.br.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o Instituto de Circuitos Integrados Fraunhofer (ICIF), na Alemanha, é o responsável pela inovação. A transformação em energia é alcançada recorrendo aos mesmos princípios através dos quais é possível por um gerador termoelétrico em funcionamento. Este dispositivo, na sua forma tradicional, pode gerar até 200 milvolts. Ligada a circuitos elétricos, a mão humana, por sua vez, tem capacidade de gerar até 50 milvolts.

O gestor do projecto Peter Spies, adiantou, também que além desta, a energia produzida poderá ter outras utilizações. Fornecer energia a aparelhos médicos, tais como medidores de pressão ou de rítmo cardíaco, são dois desses exemplos.


Texto: Daniela Costa
Fotos: Manuel Ribeiro

Sandra Nasic a solo

Sandra Nasic, ex-vocalista, dos germânicos e extintos Guano Apes, vai lançar
o seu álbum de estreia a solo.


Intitulado "Signal",o álbum incluirá 13 temas originais,dos quais se destacam os temas "Fever", "Mecasanova" e "Name of my baby". Alguns destes temas estão disponíveis em formato áudio e vídeo no site oficial da artista disponível em: www.myspace.com/sandranasic. "Fever", cujo lançamento está previsto para o próximo mês de Setembro, será o primeiro single a ser extraído de "Signal". O álbum, não tem, ainda, data marcada para entrada no mercado, contudo, segundo avança o mesmo site prevê-se o seu lançamento no Inverno.

O trabalho foi desenvolvido em várias cidades europeias de Londres a Estocolmo, passando pela tua Alemanha Natal, mais concretamente em Berlim. Oliver Pinelli é o produtor que a acompanha ao lado do "mixer" Peter “JEM” Seifert.

Embora tenha estado à frente do quarteto Guano Apes, ao longo de 10 anos de exsitência da banda, Sandra, desenvolveu outros projectos paralelos. Em 2001 escreveu e vocalizou "Path vol. II" com os Apocalyptica, falou-se pela primeira vez da sua carreira a solo. Apesar de manifestar a sua vontade em seguir esse caminho, refutou, na altura, a possibilidade de abandonar a banda para o efeito.

Participou, ainda em alguns outros projectos extra-Guano Apes. Em 2003 junta-se a DJ Tomekk dando voz a "Beat Of Life". Tendo, também participado em "First true love affair" com os Saprize.

Guano Apes em retrospectiva
A banda originária de Göttingen, formou-se em 1994 e começou por tocar em pequenos bares e clubes. Sandra Nasic, Stefan Ude (baixo),Henning Reumennapp (guitarra) e Dennis Poschwatta (bateria), vencem, em 1996, o "Local Heroes", um concurso de descoberta de novos talentos organizado pelo canal alemão Viva2.

O prémio deu-lhes a oportunidade de gravarem "Proud like a God", aquele que viria a ser o seu primeiro álbum de originais. Lançado em 1997, inicialmente no seu país de origem e depois por toda a Europa, teve como single de apresentação "Open your eyes". Segui-se o tema "Rain" e "Lords of the boards", que viria a ser o hino oficial do Campeonato de Snowboard '98 na Áustria.

Com "Don't give me names", o sucessor de Proud like a God, apesar de terem afirmado em várias entrevistas não gostarem de "ser rotulados" mantém o estilo "crossover", que os próprios defeniam como uma mistura de vários estilos musicais desde o pop, rock, ska, entre outros.

Entre temas que comprovam a sua "rockicidade" como "No speech" ou outros mais "melodiosos" como "Living in a Lie" o álbum percorre outras vertentes. Nele inlcuiram uma versão da música "Big in Japan", dos, também alemães, Alphaville e em "Mine all mine" exploram novos sons, desta feita "flamenco", a cargo de Alberto Manzanedo Alvarez. Em "Anne Claire" convidaram os violinos de Marc Steylaerts e Veronique Gilis combinando-a com a viola de Marc Tooten e as cordas de Hans Vandaele.

"Walking on a thin line", o terceiro e último album de originais data de Fevereiro de 2003. "You can't stop me", "Pretty in scarlet" e "Quietly" ,foram os singles de apresentação. Enquanto que outros como "Electric Nights" marcam uma investida no electrónico, "Kiss The Dawn", ganhou um novo nome, originalmente chamava-se "Come to me", quando começou por ser apresentada ao vivo.

No Verão do mesmo ano editam o seu primeiro álbum ao vivo "Guano Apes Live". E em 2004, é a vez de "Planet of Apes" - o best of, produzido por Fabio Trentini e pela própria banda. Em edição dupla cd e dvd, ouvimos exitos passados como "Kumba Yo!", uma versão onde o tradicional "Kumba ya my lord". O cómico e actor alemão Micheal Mittermeier junta-se ao planeta dos macacos para, assim, lhe dar uma nova sonoridade.

A vida no seu "planeta" não se resumia, contudo, a acordes rock. Nele pudemos, também encontrar "Don't You Turn Your Back On Me", escrita para a banda sonora do filme alemão "Meschugge", de 1999. Este tema, resulta também de uma parceria. Foi assi, que lado a lado com Niki Reiser o grupo editou um dos seus temas "mais suaves". Sucessos passados dão lugar a novas apostas: "Break the line", "Stay" e "Underwear", foram os inéditos deste álbum.

No dvd por sua vez, podemos ver e ouvir aquele que foi, segundo os próprios" um dos momentos mais altos da sua carreia": a banda em concerto no Festival Sudoeste, um momento pelo qual os fãs portugueses esperavam há muito.

As "Lost Tapes" lançadas em 2005, o mesmo ano em que a banda dá por encerrada a sua carreira, inlcuiram curiosidades sobre os bastidores e histórias das suas músicas. Ficamos a saber que “Hanoi” viria a chamar-se "La Noix", música que integrou o single "Big in Japan" e a única escrita em francês por Sandra Nasic. Ou mesmo "Suzie", do seu álbum de estreia, que nos primórdios se designou "Ignaz”.

Numa década de vida o quarteto passou por alguns dos maiores festivais de música europeus, como o Lowlands na Holanda, Festimat em Espanha,Beach Rock Festival na Bélgica ou o Zvoksok-Festival na Eslovénia.

Uma espécie rara em terras lusas
Embora tenham chegado a terras lusas apenas em 1999, com um showcase no Paradise Garage, em Lisboa, rapidamente subiram aos tops nacionais de vendas.

Em Portugal, foram a única banda que actuou em todos os festivais de verão: Sudoeste (2000), Super Bock Super Rock (2000), Paredes de Coura (1999), T99 (1999), Vilar de Mouros (2003) e até as Queima das Fitas de Porto, Coimbra, Lisboa e Faro (2002), tendo também passado pelo Festival Marés Vivas, em Gaia (no Verão de 2001) e esgotado os Coliseus do Porto e Lisboa, tal como reportou a imprensa na altura. O seu último, em Portugal, viria a decorrer no Festival do Ermal,em 2004.

A recepção que sempre tiveram em Portugal, levou-os a afirmar, em vários orgãos de comunicação nacionais e europeus "Portugal é a nossa segunda casa". Em 2000, ano em que encerraram mais uma edição do Festival Sudoeste, gravaram parte do videoclip de "Living in a Lie",em forma de agradecimento pela dedicação dos fãs lusos. Este tema ficaria para sempre na memória dos fãs portugueses, que não tardaram a retibuir a dedicação. No concerto que se seguiu,onde foram mais uma vez cabeças de cartaz, desta vez no Festival Marés Vivas, o clube de fãs português, oficialmente reconhecido pela banda e respectivo staff, organizou uma iniciativa surpresa, tendo feito rolar pelas primeiras filas da audiência uma faixa de 300 metros, pintada à mão pelos fãs, com a frase "In Portugal you'll never be living in a lie, we love you forever".

Não será de estranhar que o primeiro e único [de então] clube de fãs oficial da banda, tenha nascido em Portugal, logo após o Festival Sudoeste, e não na sua Alemanha de origem. Pedro Martins, criador do clube chegou mesmo a ser convidado pela banda para cantar com eles "Kumba yo!".

O quarteto arrecadou, também vários prémios. Com o seu albúm de estreia ganharam o "IFPI-Award" por vendas superiores a um milhão de cópias. Em 2000 vencerem o MTV Award na qualidade de "Best German Act", seguindo-se o ECHO, o VIVA COMET e o 1LIVE-Krone.

Os outros "Apes"
Actualmente sobre os restantes elementos dos ex-Guano Apes, pouco se sabe, as últimas informaçãoes avançadas pelo seu [ainda em funcionamento] site oficial, datam de Março último. Em www.guanoapes.org pode ler-se alguns dados sobre o album de Dennis Poschwatta, “Clemenza”. O ex-baterista dos "Apes" integra agora a banda Tamoto, onde trabalha com G-Balls, que em tempos trabalhou com o grupo nomeadamente nas remixes de "Plastic Mouth" tema do seu terceiro de originais.

Joana Pereira, fã da banda desde 1999, tem acompanhado o grupo dentro e fora de Portugal. Em território nacional poucos concertos falharam na sua agenda. Quanto à carreira de Sandra adianta "depois de ver todo o potencial dela nos Guano Apes, e de tanto tempo à espera do seu álbum a solo, só posso ter elevadas expectativas". "Ouvi os excertos de músicas e vi o vídeo dela assim que foram colocados
online no seu Myspace. Achei as músicas bastante boas, estava com receio que
a sonoridade fosse diferente, mas surpreendeu-me pela positiva. O vídeo está excelente, além de termos acesso a uma música na totalidade, adorei rever a Sandra em palco".

Joana conheceu Rita num concerto,em Lisboa, em 2003. Também ela, fã do grupo desde 1999 e também ela viria a percorrer o país de norte a sul para acompanhar os seus concertos.Em 2004 a paixão pela banda levou Rita de Lisboa ao Ermal, para se despedir do quarteto. De todos "os bons momentos" passados com a banda refere um em particular, passado naquele festival: "quando tive o prazer de ter o reconhecimento da Sandra Nasic,enquanto fã de Guano Apes!"

Com a excepção da mudança de visual que a torna mais "feminina" Rita Sequeira espera com grande expectativa o álbum homónimo da ex-vocalista dos "Apes"."Em relação ao álbum da Sandra,só quando o ouvir no seu todo é que posso dar uma opinião concreta,mas adorei o primeiro videoclip dela,acho que está igual a ela própria,a velha Sandra que sempre conhecemos,já dá para matar as saudades".
Quanto aos projectos paralelos dos restantes ex-membros "para ser sincera,ao inicio fiquei curiosa pelos Tamoto,isto porque,ainda não havia novidades da Sandra,mas agora é só mm pela Sandra!"

Mais sobre a banda em:
www.guanoapes.org

Mais sobre Sandra a solo em:
http://www.sandranasic.de/

Mais sobre os Tamoto:
www.tamoto.tv


Texto: Daniela Costa
Fotos: (c) www.guanoapes.org e www.sandranasic.de
Agradecimentos especiais a Joana Pereira e Rita Sequeira

Land Art no Parque da Lavandeira

O Parque da Lavandeira (PL), em Gaia tem patente, desde Abril último, uma mostra de Arte na Natureza.

O artista plástico Meireles de Pinho numa parceria à qual se junta ao Parque Biológico de Gaia(PBG), são os grandes responsáveis pela organização de um evento pioneiro em Portugal.

"O ninho" é um dos trabalhos que podemos ver logo à entrada do espaço. Propriedade do PBG, o trabalho foi desenvolvido com ramos de árvores, sisal e arame. Combinando ramos de poda de árvores com vimes, Moisés Tomé e Ângelo Ribeiro são os criadores do "Vazo".

Já a "Árvore da sabedoria", em madeira policromada é da autoria de Fernando Saraiva. Da sabedoria à morte, vários são os temas retratados na paisagem gaiense.
"As árvores também morrem", de Paulo Neves é um exemplo disso.

Também expostas estão as obras "Zona reservada", "Quadrado de céu", "Dança com escadas", entre outros.

Origem
A "Land Art" ou "Arte na paisagem", nasceu no anos sessenta, e acredita-se que o escultor americano de Maria tenha sido o seu principal impulsionador, tal como podemos ler no "Land Art Lavandeira 2007".

Dados avançados, oficialmente, pelo parque afirmam que esta nova forma de arte, evoluiu de forma quase paralela nos Estados Unidos e na Europa, embora as grandes instalações tenham surgido, inicialmente na América do Norte.

Uma vez que o Art procura estar em harmonia com o meio ambiente envolvente, as instalações são tratadas de forma a não causar qualquer tipo de agressão a esse meio.

Os "artistas da paisagem" deixam as suas obras nos locais onde são criadas, até que a natureza se encarregue de as degradar ou incorporar. A actividade exige, por isso do criador um profundo conhecimento de materiais naturais e de contextos ecológicos. A particularidade das suas características, impede-a de estar exposta em museus ou galerias.

Está prevista a realização deste eventos de dois em dois anos, em locais diferentes. Segundo a organização do Parque, os promotores são os mesmos do ano de arranque (2007) e ficaram responsáveis pela angariação de novos parceiros locais de modo a divulgar este tipo de iniciativas.

No próximo dia 22 de Setembro, decorrerá, pelas 11h00, no PL o lançamento do catálogo das obras em exposição no Land Art, com a participação dos seus autores.

Depois do almoço, pelas 15h00, desta vez no PBG, haverá um debate/conversa sobre o primeiro Land Art na Lavandeira. Presentes estarão Laura Castro, professora de História de Arte e o botâncio Jorge Paiva, além de alguns artistas plásticos.

Mais informação em:
http://lavandeira-2007.blogspot.com


Texto e fotos: Daniela Costa

Keane: de uma bola de cristal para o Porto

Os britânicos Keane actuaram, pela primeira vez, em Portugal, na passada sexta-feira. Cerca de 10 mil pessoas, número avançado pela organização, no local, rumaram o Queimódromo do Porto.

Os três balões brancos de ar ao fundo misturavam-se com algumas luzes em forma de vela: o cenário no qual decorreria, por cerca de uma hora e meia um momento musical a cargo do trio Richard Hughes, Tom Chaplin e Tim Rice-Oxley.

Tim, o pianista de serviço, é o primeiro a avançar. Sozinho, no meio de um placo semi-iluminado protagoniza o instrumental "The iron sea". Com "Put it behind you", do último album de originais, a banda passou de um "mar de ferro" para um "mar de gente", do qual se descataram não só portugueses, mas também, espanhóis e ingleses. Feitas as honras da casa, Tom, o vocalista, dirigiu-se pela então à audiência “é a primeira vez que cá estamos, a cidade é muito bonita e vocês são um público fantástico”, admirou.

Segui-se "Everybody's changing" e "Bend and break", êxitos de "Hopes and fears", o seu álbum de estreia, de 2004. Juntando o microfone ao piano Tom e companhia interpretam "Try again" ao qual se seguiria "Your eyes open", numa versão mais acústica do que o habitual. Além deste último, os temas "Fly to me" e "Hamburg Song" foram interpretados numa estrutura cuja extensão permitia a ligação do palco à zona central do público. Por ser "uma música sobre'shinning lights' que rememora os tempos menos bons que a banda tem vivido", "Hamburg Song", foi, a pedido dos britânicos, entoada à luz de isqueiros e telemóveis.

"A bad dream" foi antecedida de um poema de Neil Hannon, que inspirou a banda na escrita do referido tema. Relembrando o drama "de todos os que foram enviados para uma guerra da qual não sabem se sairão com ou sem vida", Tom pediu aos fãs que vissem e ouvissem o poema, transmitido nos ecrãs laterais, acompanhados por um videoclip e com legendas em português.
Os intervalos entre as músicas foram preenchidos por elogios à recepção lusa, em particular à nortenha, com algum humor tipicamente britânico, Tom chegou mesmo a comentar: “isto de ir tocar só a Lisboa vai mudar no futuro”.

"Is it any wonder?" anuncia o fim da noite, a persistência de uma audiência multi-cultural, traria os Keane de volta ao palco para um encore de três musicas. A banda despediu-se com "Atlantic", "Crystal ball" e "Bedshaped", deixando no ar uma mensagem de esperança, pedindo à sua "bola de cristal" para que "ouça a sua música e os leve de volta às suas raízes".


"Eu sei que encontrarei o meu destino
Algures por entre as nuvens
Aqueles que eu luto, eu não odeio
Aqueles que eu protejo, eu não amo
O meu país é Kiltartan Cross
Os meus compatriotas são os pobres de Kiltartan Cross
Nenhum fim lhes trás mais perdas
Ou os deixa mais felizes
não luto por obrigação
ou lei
ou públicos
ou multidões
em que me aplaudemum
impulso solitário de prazer
trouxe-me a este tumulto nas nuvens
Equilibro tudo e lembro-me de todos
os anos que se seguem parecem uma perda de tempo,
uma perda de tempo nos anos que se passaram
equilibrando esta vida, esta morte".

Neil Hannon

Mais sobre a banda em:
http://www.keanemusic.com/
http://www.keaneportugal.com/


Texto: Daniela Costa
Fotos: Manuel Ribeiro